terça-feira, 17 de maio de 2011

A Visita: Imagens, Entrevista & Percepções.


Optamos visitar primeiro os locais propostos, para só depois sentarmos e analisarmos algumas idéias para produzir produtos relacionados com o tema. Não achamos que seria prudente fazer rascunhos, jogar idéias, sem conhecer o local e o trabalho primeiro. No final, visitamos dois locais propostos dos três que inicialmente visitaríamos, mas o resultado foi bem produtivo.


1. Visitamos a casa da Senhora Maria de Jesus, localizada na Rua Antônio Pompeu, próximo ao IJF, Centro. Fizemos algumas perguntas e tiramos fotos do local de trabalho.

- Há quanto tempo a senhora trabalha nesse ramo de faixas e placas?
- Mais ou menos 10 anos
- Geralmente, uma faixa custa quanto?
- Depende. Aqui temos o metro de algodão, que custa 7,00 reais. Já o metro do grafitado custa 10,00. Copeline custa 12,00 e o Brim custa 15,00.
- Qual desses sai mais aqui?
- O algodão
- Geralmente, quem faz os pedidos?
- Mais clientes avulsos, pedindo pra aniversário, pra uma lojinha, mas tem algumas empresas grandes também. Ah, e muita banda de forró também.
- Quantas faixas, em média, um cliente pede?
- Ah, depende, mas tem empresa que pede umas 20.
- E quem aplica as faixas nas ruas?
- São eles, nós só fazemos.
- E quem faz as faixas, é a senhora mesmo?
- Não, eu contrato um pintor e uns ajudantes, aê eles sempre fazem pra mim.
- Ele costuma usar que tipo de material pra pintar?
- Aqui a gente usa muita tinta latex e tinta aerófaga.
- Vocês também fazem telas?
- Telas não, só placas. A gente pinta placa de ferro, com tinta esmalte e é tudo manual, não fazemos digital.
- A senhora só trabalha com isso, atualmente?
- Não, esse quarteirão aqui é todo meu, tenho uma floricultura e uma Lan House.
- E como anda o mercado? A senhora obtém lucro com a venda de faixas?
- Rapaz, tá ruim. Um dia foi melhor, hoje em dia tá fraco, os pedidos diminuiram muito.
- Obrigado Senhora Maria de Jesus.

 

2. Após visitarmos a simpática Maria de Jesus, fomos até outro local, indicado por ela mesmo, na Rua Floriano Peixoto, ainda no Centro. O responsável pelo local era o Senhor Roberto, que foi um pouco mais direto e menos receptivo do que Maria de Jesus.


- Senhor Roberto, o senhor trabalha com faixas há quanto tempo?
- Uns 30 anos, meu filho.
- E como o senhor considera o mercado de 30 anos atrás pra agora?
- Ruim, tá muito fraco, o computador destruiu nosso trabalho, mas a gente tenta acompanhar né? A gente faz faixas com tintas, mas também fazemos no computador, digitalizada né? Como você pode ver por aê.
- Como vocês fazem as placas digitalizadas?
- Plotagem, imprime e cola.
- E quanto está custando o metro de uma faixa?
- O algodão tá de 7,00 o metro, é o que mais pedem. Mas agora sai muita placa também.
- E quem faz as placas e as faixas?
- Eu mesmo, eu e meu ajudante aê.
- E quem costuma pedir os produtos?
- Cliente, né? Eles vem aqui e pedem.
- O senhor usa que tipo de material?
- Tinta Látex a base d'agua.
- A gente pode entrar pra saber como é feito o procedimento de produção das faixas?
- Não, é particular. Tudo bem? Tenho que ir trabalhar agora.

Após essa visita, o contato direto com quem produz, podemos continuar nosso trabalho e ter nossas idéias para produzir produtos que tenham haver com o trabalho dessas pessoas. Vamos lá!

2 comentários:

  1. É incrivel que mesmo no mundo de coisas voláteis e tecnologicas, ainda existe esse tipo de trabalho, onde já faz 30 anos que a pessoa trabalha na mesma área. ass: equipe off7digital

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  2. Caramba quanta informação vocês conseguiram, estão de parabéns por reunirem tanto assunto a respeito do tema de vocês. Isso é muito bom a titulo de conhecimento. Boa sorte a equipe.

    ASS: equipe impressão na parede.

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